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Mostrando postagens de 2024

QUE TURBINA É ESSA?

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  QUE TURBINA É ESSA? Essa máquina foi um triturador de açúcar mascavo, conectado ao sistema de vapor vindo das caldeiras do Engenho de Sansapé, nas décadas de 50, 60, 70 e 80, do século XIX. Era uma turbina, feita em ferro modulado, vinda da cidade de Liverpool, na Inglaterra, especialmente para triturar o açúcar destinado à exportação para a Europa. Foi, no melhor momento da usina,   um moedor de açúcar que funcionou em uma plataforma, abaixo do assentamento (casa de purgar o mel e o açúcar), acoplada a uma tubulação, toda em canos de ferro galvanizado, de 1,5 polegadas, sob pressão, exercida pelo vapor vindo das caldeiras, assentadas acima. Em narrativas históricas, escritores penalvenses fazem referências à essa turbina, destacando a sua importância econômica para elevação da Freguesia de Penalva, à categoria de Vila, como consta da Lei Imperial nº. 706, de 02/07/1.864, assinada pelo Des. Miguel Joaquim Aires do Nascimento, vice-presidente do governo da Província do Mara...

GOVERNADORES NASCIDOS EM PENALVA – MA

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  GOVERNADORES NASCIDOS EM PENALVA – MA.   Penalva é um município brasileiro do Estado do Maranhão, com notáveis fatos ocorridos na vida do seu povo, necessários ao conhecimento escolar, na melhor forma didática e pedagógica de ensino. Conta-se, em sua história republicana, com dois filhos que chegaram ao governo do Estado. Esta narrativa é para resgatar e promover a evolução da   cultura histórica, política e literária desta terra: 1º - MANUEL LOPES DA CUNHA , nascido em Penalva, na Fazenda Descanso, em 25.07.1855, filho de José Mariano da Cunha Magaalhães, época em que este trabalhava na administração do Engenho de Sansapé, na companhia de Jesuítas e Escravos africanos. Formado em direito em Recife, foi nomeado promotor da comarca de Viana-MA., juiz, desembargador, presidente do Tribunal de Justiça e Governador do Maranhão, no período de Março a Novembro de 1.902. Entre outros, era   irmão, mais novo, de Celso Magalhães, jurista, promotor e escritor, e pai de d...

O CRIME DA BARONESA DE GRAJAÚ

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  O CRIME DA BARONESA DE GRAJAÚ Em 1876, Anna Rosa Viana Ribeiro, matou um garoto negro, escravizado, de apenas 8 anos, com nome de Inocêncio. Este crime teve tamanha repercussão que o caso passou a ser conhecido como “O CRIME DA BARONESA DE GRAJAÚ”. Casada com o médico e político liberal, Carlos Fernando Ribeiro, que, em 1.878, teve concedido por D. Pedro II, o título de Barão de Grajaú, Anna Rosa Viana Ribeiro era uma típica senhora da alta sociedade escravagista do Maranhão. Anna Rosa, vinda de uma das principais famílias escravistas de Codó, no interior do Maranhão, já era conhecida pelos castigos cruéis   aos negros escravizados. Em uma ocasião, para se ter ideia de sua brutalidade, ordenou que todos os dentes de uma mulher escravizada, Militina, fossem arrancados apenas por ela sorrir para seu marido. Aberto o inquérito para investigar a morte de Inocêncio, uma criança escravizada, o processo acusatório,   foi comandado pelo promotor de justiça, CELSO MAGALHÃE...

CELSO MAGALHÃES

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  CELSO MAGALHÃES Nascido, Bráulio do. Celso Magalhães, foi registrado em Viana, com o nome de Celso Tertuliano da Cunha Magalhães, em 11 de novembro de 1.849, na fazenda Descanso, município de Penalva e faleceu em São Luís, em 09 de junho de 1.879, de “febre perniciosa”. Foi criado e educado pelos seus avós maternos, o médico português Manoel Lopés Magalhães e D. Maria Cecília Duarte Magalhães, além de professores particulares. Como escritor ficou conhecido como Celso Magalhães, iniciou os seus estudos em Viana, em seguida São Luís e mais tarde em Recife, onde cursou a faculdade de Direito, abrindo caminho para seus irmãos. Figura que exorna o panteon maranhense, em meio a escritores, jornalistas, historiadores e poetas estelares, surge um jurista; jovem promotor público, como um paladino da justiça de seu tempo, ao fazer sentar no banco dos réus a baronesa aristocrata, D. Ana Rosa Viana Ribeiro,  que tirara a vida de um pequeno escravo. Só esse gesto já é o bastante para c...

PENALVA – A CONTAÇÃO DA HISTÓRIA.

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PENALVA – A CONTAÇÃO DA HISTÓRIA. Em 1783, o governador da província do Maranhão, o português, José Teles da Silva, natural da cidade de Penalva do Castelo, em Portugal, após a sua nomeação, por ato da rainha D. Maria I, esposa de D. João V, rei de Portugal, aproveitou as vias navegáveis da província para conhecer a região da baixada maranhense, fazendo-se acompanhar dos jesuítas, navegou pelos rios Mearim, Pindaré, Cajari e Maracu, chegando até a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viana. Encantado com as belezas naturais da região, fez contato com índios Gamelas e Timbiras e visitou uma colônia de pescadores que habitavam em palafitas, no lugar chamado Boca do Lago Cajari, denominando aquela viagem, com o nome de missão de São José do Cajari. Após o seu retorno para a capital da província, São Luís, atendendo a pedidos dos jesuítas, mudou o nome da missão para missão de São José de Penalva, em homenagem à sua terra natal, a cidade portuguesa de Penalva do Castelo. Em 1808, c...

PENALVA, UMA CIDADE PLANEJADA

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  PENALVA, UMA CIDADE PLANEJADA. Penalva teve origem no sítio São Braz e foi povoada pelos jesuítas e colonos. O traçado da cidade foi feito pelo português, José da Serra Marques, agrimenssor e construtor. As cidades planejadas se diferenciam das chamadas cidades naturais por partirem de algum projeto pré-definido. A cidade recebeu esse nome em homenagem à Penalva do Castelo, em Portugal, terra de nascimento dos seus precursores: Pompeu Marques, Joaquim Mariano Marques, José da Serra Marques e Cláudio de Sá.   Após a transferência do orago, do sítio São Braz para a sede, foi construída a igreja de São José, e no entorno do largo da matriz construíram uma escola, o prédio da câmara e um monumento para homenagear a história. Em seguida, com apoio do governo provincial e dos jesuítas, começou a ser definido o perímetro urbano, com a demarcação de suas primeiras vias, em traçados quadrangulares e perfeita harmonia, na largura e no tamanho dos terrenos. Penalva mereceu tal distin...

PENALVA, UMA CRIAÇÃO DO IMPÉRIO.

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  PENALVA, UMA CRIAÇÃO DO IMPÉRIO.           A criação de freguesias e vilas durante o império era uma atribuição dos conselhos imperiais. Em julho de 1.858, por proposta do conselho local os deputados da Assembleia Provincial do Maranhão, aprovaram a Lei nº510, que criou a Freguesia de São José de Penalva, desmembrando-a da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viana; lei esta sancionada pelo vice-presidente da província João Pedro Dias Vieira. Este povoado,   com apoio da igreja católica, sob o comando dos jesuítas e colonos portugueses, foi uma criação do império que recebeu o nome de freguesia, porque esta era a denominação fundiária em Portugal, para as pequenas localidades. Nessa ocasião, regido e autorizado pela mesma lei provinciana, entra em funcionamento o Engenho de Sansapé, administrado por José Mariano da Cunha Magalhães e jesuítas, como empreendimento gerador de trabalho, renda e produção de açúcar, destinado à exportação para europa...

HISTORIOGRAFIA DE PENALVA

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  HISTORIOGRAFIA DE PENALVA Este tema traz uma proposta para análise dos estudos históricos de Penalva, incluindo a relação da história com o ensino. A ideia é apresentar um conteúdo, didático, que aborde temas como governo imperial, sociedade colonial, escravidão e república. Será um programa que apresentará, de forma didática, procedimentos e métodos que distinguem a produção de conhecimentos, que ajudem a explicar o passado, com princípio, meio e fim. Atualmente Penalva não tem uma temática marcada pela obra de um professor ou historiador que inclua o Engenho de Sansapé, como ponto inicial da sua criação, Lei Imperial nº510, de 27/07/1858. Embora não tenhamos um método, para isto, esta façanha, encontrará caminho, sobretudo, por professores e alunos a partir do conhecimento da história. A importância desta narrativa, na formação do educando, não só promove o amor telúrico, como permite ao aluno entender melhor o espaço em que vive e conhecer a sua ancestralidade, com base na h...

O CAMPO DA HISTÓRIA

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  O CAMPO DA HISTÓRIA Ao olhar para minha história de setenta e cinco anos, tenho vários motivos para me orgulhar. Entre muitos posso destacar o retorno para minha terra natal. Este feito merece destaque especial, porque pude realizar um sonho, idealizado na adolescência, quando saí aos 13 anos de idade, para a capital, em busca de trabalho, conhecimento e oportunidades. Agora quero celebrar o meu retorno, valorizando o passado, festejando o presente e apostando no futuro; reconhecendo que até aqui foi bom! Este momento de reconhecimento, revive, em mim, um profundo sentimento de gratidão e saudade. É a passagem do tempo fazendo mudanças em minha vida! Bons tempos que não voltam, mas faço história, na minha vida e na vida da minha cidade, porque foi aqui que formei a base das minhas melhores lembranças, da infância e juventude; suporte necessário para a construção do saber histórico, que me motiva a torná-lo o mais próximo, possível, do que aconteceu. É com esse desejo de faze...

DISCURSO DE CAVOUR ROCHANDRADE MACIEL

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  DISCURSO DE CAVOUR ROCHANDRADE MACIEL História Fiquei extremamente empolgado ao encontrar este discurso de um candidato a prefeito de Penalva, em 1955, despojado de qualquer interesse pessoal, Cavour Maciel, dirige-se ao povo penalvense, via alto-falante, com linguagem simples e objetiva: “Penalvenses amigos, Sendo hoje o último dia de propaganda eleitoral, não podia deixar de ocupar o microfone da “Voz da Razão”, dizer algo sobre o pleito que se aproxima. Ofereceste-me a candidatura para o posto supremo do município. Aceitei-a! Aceitei-a porque ainda me acho com energia bastante para trabalhar pela terra-berço dos meus filhos. Não com ambição de mando, fazer figura; pois, sabeis, sempre fui humilde, não gostando de ostentação, mas, como disse, para trabalhar por esta terra que tanto amo. Se me vierem às mãos as verbas federais, empregá-las-ei não em coisas lindas, miraculosas, nunca vista em Penalva, mas em coisas úteis, como sejam: um posto médico aparelhado, para servir ...

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE PENALVA – IHGP

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  INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE PENALVA – IHGP   O Instituto Histórico e Geográfico de Penalva – IHGP, nasce com a finalidade de resguardar a cultura penalvense, incentivando estudos históricos, geográficos e de outras ciências sociais, aglutinando, em seu quadro social, pessoas da intelectualidade local, que se tornarão membros efetivos. É relevante abordarmos este tema, para pesquisas e formação de uma identidade local, que se proponha a criar uma historiografia com base no legado deixado pelos nossos precursores. Ademais, a presença imperial, via governo da província, representada pelos Jesuítas, Colonos e Escravos, não pode ser esquecida da história, foi ela que construiu os feitos iniciais, aqui deixados: religiosos, folclóricos e socioeconômicos , não merecem, portanto, ficar no esquecimento. Cabe aos filhos da terra evocar essa história para conhecimento didático-pedagógico. Afinal, diante da inoperância política, precisamos saber de onde viemos, quando viem...

CRIAÇÃO DA FREGUESIA DE SÃO JOSÉ DE PENALVA

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  CRIAÇÃO DA FREGUESIA DE SÃO JOSÉ DE PENALVA   A história de Penalva é pra ser contada a partir da sua fundação!... Com data de 27 de julho de 1.858, foi criada a freguesia de São José de Penalva, pela Lei Imperial n°510, desmembrando-a da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viana. Este ato, aprovado pela Assembleia, foi sancionado pelo Vice-Presidente da Província, João Pedro Dias Vieira. Veja a transcrição:         Em requerimento, protocolado com data de 13/12/2023, assinado por este signatário, foi dado entrada na Câmara Municipal de Penalva, solicitando apreciação e aprovação da data da criação da cidade de Penalva, 27/07/1858, para reconhecimento de 166 anos, como a data de sua fundação. Esta data deve ser lembrada pelo seu valor histórico, tornando-se relevante por ser didática e cultural. Além de resgatarmos o início da nossa história, construída   por valores esquecidos pela inoperância do poder; afinal, a emancipação política só exi...