PENALVA – A CONTAÇÃO DA HISTÓRIA.
PENALVA – A CONTAÇÃO DA HISTÓRIA.
Em 1783, o governador da província do Maranhão, o português, José Teles da
Silva, natural da cidade de Penalva do Castelo, em Portugal, após a sua
nomeação, por ato da rainha D. Maria I, esposa de D. João V, rei de Portugal,
aproveitou as vias navegáveis da província para conhecer a região da baixada
maranhense, fazendo-se acompanhar dos jesuítas, navegou pelos rios Mearim,
Pindaré, Cajari e Maracu, chegando até a freguesia de Nossa Senhora da
Conceição de Viana. Encantado com as belezas naturais da região, fez contato
com índios Gamelas e Timbiras e visitou uma colônia de pescadores que habitavam
em palafitas, no lugar chamado Boca do Lago Cajari, denominando aquela viagem,
com o nome de missão de São José do Cajari. Após o seu retorno para a capital
da província, São Luís, atendendo a pedidos dos jesuítas, mudou o nome da
missão para missão de São José de Penalva, em homenagem à sua terra natal, a
cidade portuguesa de Penalva do Castelo.
Em 1808, chega ao Brasil o rei de Portugal, D. João VI, filho de D. João
V, acompanhado de mais de 10.000 patrícios, protegido pela esquadra da
Grã-Bretanha, para evitar a sua captura pelas tropas francesas, comandadas pelo
imperador da França, Napoleão Bonaparte, em represália a Portugal, por não ter
aderido ao bloqueio continental, que fechou todos os portos da Europa ao
comércio da Inglaterra. O objetivo de Napoleão Bonaparte era dominar toda a
Europa.
Em 1854, chega na freguesia de São José de Penalva, os portugueses,
precursores, Pompeu da Gama Marques, Joaquim Mariano da Gama Marques, José da
Serra Marques e Cláudio de Sá, acompanhando a chegada do Engenho de Sansapé.
Em 1858, o Vice-Presidente da Província do Maranhão, João Pedro Dias
Vieira, através da lei provincial nº.510, de 27 de julho de 1858, cria a
freguesia de São José de Penalva, desmembrando-a da freguesia de Nossa Senhora
da Conceição de Viana, marco inicial da criação da cidade e autoriza a entrada
em funcionamento do Engenho de Sansapé, para a produção de açúcar destinado a
Europa.
Em 1860, o Presidente da Província do Maranhão, João Silveira de Souza,
pela lei provincial nº.552 de 31 de maio de 1860, transfere a sede do orago de
São Braz para o lugar Boca do Lago, em seguida consagrado como Freguesia de São
José de Penalva.
Em 1863, (Lei nº.654, de 02 de julho), foi criada uma cadeira pública de
primeiras letras em Penalva, por ato do Presidente da Província, Ambrósio
Leitão da Cunha.
Em 1864, (Leinº.706, de 02 de julho de 1864), foram desmembrados da
Freguesia de São José de Penalva, os engenhos Tibiri e Sansapé e anexados à
Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Viana, por proposta da Assembleia e
decreto do vice-presidente da província, desembargador Miguel Joaquim Aires do
Nascimento, porque tais engenhos, à essa época, já possuiam turbinas para
fabricação de açúcar triturado.
Em 1871, (Lei nº.955, de 21 de junho de 1871), o Vice-Presidente da
Província do Maranhão, José da Silva Maia, eleva a freguesia de São José de
Penalva, à categoria de vila, deixando de ser distrito da comarca de Viana e,
nessa ocasião, dezanexa o Engenho de Sansapé da Vila de Viana, que retorna à
Vila de Penalva.
Em 1879, morre em São Luís, dia 9 de junho, Celso Magalhães, aos 29 anos.
Nascido na Fazenda Descanso, distrito de Penalva, freguesia de Viana. Estudou
Direito em Recife, foi nomeado promotor de justiça na província do Maranhão.
Foi poeta, abolicionista, jornalista, folclorista, dramaturgo, escritor e
jurista; foi também, um grande animador da vida artística de São Luís. Entre
outras obras escreveu Os Calhambolas, para narrar uma insurreição de escravos
em Viana, onde morava. Para fugir da repressão usava o pseudônimo Giácomo de
Martorello. Seu pai, José Mariano da Cunha Magalhães, foi feitor e capataz de
escravos vindo de Guiné na África, para trabalharem no Engenho de Sansapé e
outros da região. Ficou conhecido, no Engenho de Sansapé, como Bráulio
Magalhães, e pelos bons serviços prestados à corte recebeu honras da guarda
real.
A contação da história, acima narrada, é para informar e fazer justiça com
o ensino escolar da nossa cidade. Quando se comemora 109 anos de emancipação
política, deixa-se de celebrar 166 anos, o começo da cidade, marco inicial da
sua criação: Lei Imperial nº.510 de 27
de julho de 1.858.
Fontes:
- Elementos
para Reconstituição Histórica de Penalva
Carlos Alberto de Sá Barros
- Notas e
Fragmentos Históricos
Dr. Raimundo Balby
Parabéns Dr Ivaldo Castelo Branco, futuro presidente do IHGP- Instituto Histórico e Geográfico de Penalva pela contribuição para com a história da nossa amada Penalva.
ResponderExcluirJacunha
Grato amigo James! Somos parceiros nessa missão.
ExcluirÉ ISSO. A NOSSA HISTÓRIA COMO DEVE SER CONTADA.
ResponderExcluirÉ apenas para corrigir rumos, esquecidos pelo tempo.
ExcluirParabens pela história, Dr. Como Faço pra entrar em contato com você? Gostaria de inforçaões sobre os Domincis da época
ResponderExcluirPrezado Dominici Jr, o sobrenome Dominices, quer dizer filho de Domingos. A genealogia completa vc encontra pesquisando o Google. Aqui em Penalva, o Dominices mais velho é o senhor José Antônio Dominices, com 100 anos, conhecido como Carrossel.
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