HISTORIOGRAFIA DE PENALVA

 


HISTORIOGRAFIA DE PENALVA

Este tema traz uma proposta para análise dos estudos históricos de Penalva, incluindo a relação da história com o ensino. A ideia é apresentar um conteúdo, didático, que aborde temas como governo imperial, sociedade colonial, escravidão e república. Será um programa que apresentará, de forma didática, procedimentos e métodos que distinguem a produção de conhecimentos, que ajudem a explicar o passado, com princípio, meio e fim.

Atualmente Penalva não tem uma temática marcada pela obra de um professor ou historiador que inclua o Engenho de Sansapé, como ponto inicial da sua criação, Lei Imperial nº510, de 27/07/1858. Embora não tenhamos um método, para isto, esta façanha, encontrará caminho, sobretudo, por professores e alunos a partir do conhecimento da história. A importância desta narrativa, na formação do educando, não só promove o amor telúrico, como permite ao aluno entender melhor o espaço em que vive e conhecer a sua ancestralidade, com base na historiografia de Penalva, desmitificando a Emancipação Política e Administrativa, 10/08/1915, como data da sua fundação.

A origem de Penalva, remete ao período imperial, quando a servidão era formada pela mão de obra escrava; dependência esta, que só acabou depois do envolvimento popular pela causa da abolição, ao longo de décadas, pressionando o Império para que a escravidão fosse abolida na província, fato ocorrido em 1.888 e corroborado pela república, no ano seguinte. É bom lembrar que a freguesia de São José de Penalva, criada pelo governo imperial, em 1.858, foi formada por uma população diminuta, com casas dispersas e terras indivisas, controladas pela Igreja Católica, que se agrupava em volta de pequenas igrejas. Essa freguesia fora desmembrada da vila de Nossa Senhora da Conceição de Viana, atendendo uma manifestação popular, reconhecendo a importância econômica do Engenho de Sansapé, que, naquele momento, entrava em funcionamento, produzindo açúcar triturado, para exportação à Europa. O que foi considerado favorável pelo governo da província, reconhecendo a viabilidade econômica do engenho, navegabilidade para transporte e as terras férteis de massapê, abundantes no distrito e apropriadas para a lavoura da cana-de-açúcar.



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