PENALVA, UMA CIDADE PLANEJADA
PENALVA, UMA CIDADE PLANEJADA.
Penalva teve origem no sítio São Braz e foi povoada pelos jesuítas e
colonos. O traçado da cidade foi feito pelo português, José da Serra Marques,
agrimenssor e construtor. As cidades planejadas se diferenciam das chamadas
cidades naturais por partirem de algum projeto pré-definido. A cidade recebeu
esse nome em homenagem à Penalva do Castelo, em Portugal, terra de nascimento
dos seus precursores: Pompeu Marques, Joaquim Mariano Marques, José da Serra
Marques e Cláudio de Sá.
Após a transferência do orago, do sítio São Braz para a sede, foi
construída a igreja de São José, e no entorno do largo da matriz construíram
uma escola, o prédio da câmara e um monumento para homenagear a história. Em
seguida, com apoio do governo provincial e dos jesuítas, começou a ser definido
o perímetro urbano, com a demarcação de suas primeiras vias, em traçados
quadrangulares e perfeita harmonia, na largura e no tamanho dos terrenos.
Penalva mereceu tal distinção em função da entrada em funcionamento do Engenho
de Sansapé, como a principal unidade de produção de açúcar triturado para
exportação, na região. A partir daí, em 1.858, Penalva que era apenas um
distrito de Viana, passou para a categoria de freguesia, desmembrada da vila de
Viana, tornando-se um novo registro cartográfico para a baixada maranhense.
O projeto de arruamento do povoado, levado à condição de freguesia, com
desenho de ruas em quadriláteros, disciplinava e regulava as construções,
definia a localização de praças, prédios públicos, igrejas, escolas e
cemitério. O motivo principal, foi promover o crescimento do despovoado e
integrar-se à nova freguesia.
Fundar uma freguesia era um direito compartilhado entre o administrador da região e a governança imperial, enquanto a elevação para vilas e cidades era atribuição dos Conselhos Provinciais, com anuência do governador da província, tudo de acordo com a Constituição Imperial de 1.824. Dez anos depois, em 1.834, essa atribuição passou para as Assembleias Provinciais, juntamente com o governo da província. Com a criação da freguesia entrou em funcionamento o Engenho de Sansapé, em 1.858 e foi criada a freguesia de São José de Penalva. Com o bom funcionamento da turbina para triturar o açúcar, a freguesia foi elevada à categoria de vila, pela Lei 955, de 21 de junho de 1.871, todavia, pela importância do Engenho, este ficou anexado à Viana (Lei.N°706, de 2 de julho de 1.864), até a transformação para vila, por proposta da Assembleia e decreto do desembargador Miguel Joaquim Aires do Nascimento, vice-presidente da província. Como bem informa o escritor penalvense, Carlos Alberto de Sá Barros, em seu livro Elementos para Reconstituição Histórica de Penalva, às fls 32.
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