QUANDO A FLOR MURCHA


                       



                                                                                                                           
QUANDO A FLOR MURCHA
                                                                                                                                                     
Não vou chorar pelas flores que murcharam, ficam as pétalas para cobrirem os espinhos. Ainda que murchas não seja hora de parar de cultivar o jardim. Uma flor que brota nasce de novo o amor e no vai e vem das estações, depois do outono vem a primavera. As flores são como nossos pensamentos e sentimentos, renovam-se com a rega e com o tempo; murcham com o sol da tarde, mas se abrem com o sol da manhã.
Quando a flor murcha é fácil descobrir o que você não gosta: perde a beleza, perde o viço, o aroma se vai, ficam espinhos, mau humor, muda o foco, acua-se, a cifra não volta e vê-se o orvalho se esvair em gotas perdidas. Agora as coisas estão diferentes, a fonte começa secar, o broto murcha, as pétalas caem, o caule seca, a raiz apodrece e o corpo tomba. Até o esquecido eleitor é lembrado, vira esperança, flor cheirosa, um degrau da escada, a tábua de salvação, uma luz no fim do túnel. É o oportunismo passando a perna no idealismo; ainda mais quando o corpo está em queda lenta.
                               
                               Doravante, as flores nascem em outro lugar, não adianta jogar pedra no quintal perdido, pode acertar a roseira alheia e até quebrar o prato que tanto lhe deu comida. Mas nem tudo é o fim, sinto no ar um aroma de esperança misturado com alegria, mesmo que o espinho seja grande e doído, não há mal que dure para sempre. É a primavera que está chegando, apesar da tempestade é o amor que floresce. O que passou precisa ser deixado para trás. Afinal, há muito à aprendermos com a natureza.

Comentários

  1. Grande Dr Ivaldo Castelo Branco. Varão de luta, não foge dos desafios. Dos momentos adversos que a vida nos impõe, acha forças e sabiamente usa as adversidades como ferramenta para se superar.
    A vida nos prega peças Dr Ivaldo, infelizmente os espinhos mais doídos são aqueles que vêm da mesma flor.

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  2. Se bem entebdi, caro cônjuge,
    IVALDO CASTELO BRANCO SOARES, concordo com voce quando diz que muito temos a aprender com a natureza.
    Como seres humanos seguimos também um ciclo: início da vida, meio desta como adultos e finitude, quando idosos, e inevitavelmente, nossa partida com a morte. À semelhança do ciclo de vida da flor murcha, temos que florescer, murchar para dar vida ao fruto e dar origem às sementes e consequentemente outros frutos, repetindo infinitamente a renovação e perpetuação da espécie. As sementes, por analogia são nossos filhos, nossa descendência. É impossível compor a humanidade sem termos ascendência e descendência, se formos férteis e abençoados com a paternidade e maternidade. É a FAMÍLIA a célula mãe da sociedade. Como bem diz o provérbio chinês: "Quando as raízes são profundas não há razão para temer o vento."
    As contendas nao agradam a Deus, principalmente nas relações familiares, vamos aprofundar nossas rsizes ainda há tempo. Precisamos do AGIR DE DEUS!!!
    Que Deus aja com sua misericórdia sobre todas as familias, incluindo a nossa, abençoando com Perdão, harmonia, tolerância e PAZ!

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  3. Sábias palavras, caro Pedro, embora o espinho seja grande e doído é a fé que move a esperança.

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