CADÊ O RIO QUE ESTAVA AQUI?

 

CADÊ O RIO QUE ESTAVA AQUI?

O rio é uma corrente natural de água contínua. Em Penalva, foi assim, até chegar a especulação política e matá-lo. Hoje, não temos mais um rio. O rio Cajari, mais conhecido como rio de Penalva, faz parte do passado; um passado que nos orgulha, pelas lembranças de quem, como eu, pescou, banhou e navegou sobre seu leito livre e corrente.

A vida é governada pela água. O rio é essencial para o equilíbrio do bioma e todo ecossistema. Não existe vida sem água. Somos defensores do Rio Cajari, livre!!!...  Somos defensores de uma instância decisória na gestão política que incida sobre a bacia hidrográfica do Rio Cajari, da nascente, lagos e todo o seu banhado.  

 

Na década de 60, quando ainda respirava o ar da adolescência, sonhava com o rio, nadando e mergulhando em suas águas limpas e leves. Atravessava-o, em largas braçadas, como um campeão. Sinto saudade do banho no final da tarde, após o jogo de bola, na praça de São José ou no campo do América. Mas, não era só, estava sempre acompanhado de colegas: meninos e meninas, porque nessa época o rio era a melhor atração da cidade. Não havia outra concorrência, éramos felizes porque o tínhamos como ponto de encontro e lazer.

Cadê o rio que estava aqui? Essa é a pergunta que não quer calar! A sua interrupção é resultado da ação do homem, oportunista e sem amor pela terra. O custo de uma passarela que caiu e das sucessivas barragens, mutiladoras, superam o que seria despendido em uma ponte de concreto. Esta seria a solução para ressuscitá-lo, sem retirar o acesso e a navegabilidade.

A narração de fatos ocorridos na história de Penalva, vale lembrar que as primeiras povoações começaram a se fixar ao longo do rio e este foi o caminho que percorreram. Inicialmente os Jesuítas, vindos da freguesia de N. S. da Conceição de Viana, aportaram no sítio Tramaúba, porque lá já existia um núcleo, cultivando a cana-de-açúcar e a criação de gado; logo após, São Brás, onde construíram o primeiro orago e em seguida navegaram até a Boca do Lago, onde sabiam existir um núcleo de pescadores, morando em palafitas. Mais tarde os Jesuítas, denominaram aquele lugar como Missão de São José de Penalva, por ser um dia santificado homenagearam São José e a terra natal, Penalva do Castelo, em Portugal.

VIVA O RIO, a natureza agradece!!!


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