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MARIANA, A BELA
MARIANA, A BELA
Ao ler a sua bela crônica reportei-me a esse tempo, com saudosa lembrança
da época e costumes da capital, nossa Ilha do Amor. Pude relembrar os
pregoeiros, os bondes e as animadas vesperais do Cine Éden. Sinto-me tocado
pelo mesmo sentimento nostálgico. Mas, gostaria de ter encontrado lembranças do
nosso berço, bela Mariana! Foi você, com sua beleza jovial, musa inspiradora da
adolescência e sonhos de muitos garotos da nossa Penalva. Sua exaltação a São
Luís fez nascer em mim lembranças da nossa terra e um sentimento de certa invejinha, em relação ao que foi dito da
Ilha. Gostaria que o mesmo fosse falado de Penalva! A crônica nostálgica e não
menos inspiradora me faz lembrar de você e de Penalva e me suscitou um desejo
de ouvir palavras assim, relacionadas ao cotidiano, com cenário penalvense, valorizado
pela figura física e bela que você representou. Quero mais você, em se tratando
de uma penalvense, criada às margens do rio Cajari, livre! Quantas vezes te vi,
bela Mariana, loira, linda, com seus cabelos soltos, jogados ao vento, na
companhia dos irmãos Raimundinho, Lourdinha e Celeste, à guia de uma canoa,
navegando sobre o leito livre do rio Cajari, indo e vindo até a Ponta do
Abelinho, onde lá residia sua tia, D. Yayá. O rio livre era um convite para
este passeio. Bem pergunta o amigo James - Por que te afogaram?
Quero mais, quero recordar aquela jovem mais linda da nossa terra, olhos
azuis emanando amor, rainha da beleza das festas de São
José, mimo da escola primária e atração espetacular das encenações teatrais de
Aldo Leite, no Grêmio e Cine Trianon.
Mariana, a bela! Nossa terra tem saudade de você e eu também! Não posso
viver a sua vida, mas, revisitando cenas e cenários do passado, posso continuar
sonhando com você.
Ivaldo.
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