Sansapé - verso & prosa

 





Sansapé - verso & prosa    

PREFÁCIO

Adonae Marques Martins

Advogado e Historiador




De início devo expressar minha amizade e admiração por Ivaldo Castelo Branco Soares, sentimento que presumo seja mútuo, perdurando desde nossa infância na terra natal, quando ele já demonstrava natural tendência para caminhar desenvolto pelas sendas da cultura, virtude essa inerente aos grandes sonhadores, idealistas e realizadores.

 Por isso e muito mais, sinto-me sobremaneira lisonjeado, honrado e distinguido com o convite do amigo e colega Ivaldo para prefaciar a sua interessante obra, cuja leitura proporcionará, com certeza, muito prazer e emoção aos leitores.

 Dotado de rara inteligência, invejável poder de articulação e ponderável cultura, instrumentos que usa na incansável busca do saber superior, até porque se trata de um grande profissional do direito, nesta obra o Autor desnuda, entretanto, outras facetas de seu magnífico caráter, quais sejam as de escritor e poeta, evidenciadas pelo seu exacerbado amor telúrico, expressados com a simplicidade inteligível e romântica, que lhe é própria e peculiar.

 O assunto abordado na interessantíssima aula de história a respeito da distribuição de terras e do desenvolvimento da economia regional, através dos “engenhos” e usinas e outros derivados de cana-de-açúcar, dando como exemplo a “Usina de Sansapé”, hoje desativada, que foi instalada por seus antepassados na propriedade rural deles, agora sua, não me passou despercebido e não passará aos seus leitores.

 Sem rodeios ou rebusques linguísticos, Ivaldo proseia vagueando pelo tempo e espaço, levando-nos, em uma agradável cavalgada, a passear por sua fazenda, ora curando algum animal, ora consertando uma cerca, com isso demonstrando o grande amor que tem pela natureza.

 Também envereda ele pelas sendas da poesia e do humor dos “causos” e piadas locais, proporcionando-nos momentos muito agradáveis de envolvimento emocional, tanto de enlevo, como no poema “A vida no Campo”, quanto de risos, exemplificados pelo soneto de “Donana” e “Joana Tarisca”

 Parabéns, conterrâneo e amigo Ivaldo Castelo Branco Soares, por esta bela obra que além de enriquecer os nossos conhecimentos, nos leva a viajar muito agradavelmente pelo mundo de “Sansapé”, do sonho e do amor a terra.

 

 

 

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