ENGENHOS
PARTE 7
Engenho de Açúcar no
Brasil Colonial
O engenho de açúcar no Brasil
colonial designa
o local onde foi produzido o açúcar durante o período colonial. Ou seja, eram
as fazendas que representavam a unidade de produção de açúcar. Vale lembrar que
os engenhos coloniais surgem no século XVI, quando tem início o segundo ciclo
econômico do Brasil: o ciclo da cana-de-açúcar.
As primeiras mudas chegaram da Europa
em meados do século XVI. Os portugueses, colonizadores das terras pertencentes ao
Brasil, já possuíam técnicas de plantio na medida em que já cultivavam e
produziam o produto em outras partes do mundo.
Estrutura dos Engenhos Coloniais
O engenho colonial era um grande
complexo que apresentava uma estrutura básica, o qual era dividido em diversas
partes, a saber:
· Canavial: onde o açúcar era cultivado nas grandes extensões de
terra denominadas de latifúndios. Ali começava o processo, ou seja, o plantio e
a colheita do produto.
· Moenda: local para moer ou esmagar o produto utilizado
principalmente, pela tração animal, onde era esmagado o caule e extraído o
caldo da cana. Podiam também ter moendas que utilizavam a energia proveniente
da água (moinho) ou ainda ela força humana: dos próprios escravos.
· Casa
das Caldeiras: aquecimento do
produto em tachos de cobre.
· Casa
das Fornalhas: uma espécie de
cozinha que abrigava grandes fornos que aqueciam o produto e o transformavam em
melaço de cana.
· Casa
de Purgar: local onde era
refinado o açúcar e finalizado o processo.
· Plantações: Além dos canaviais, havia as plantações de
subsistência (hortas), em que eram cultivados outros tipos de produtos (frutas,
verduras e legumes) destinados à alimentação da população.
· Casa
Grande: representava o centro do
poder dos engenhos, sendo o local onde habitava os senhores do engenho (ricos
proprietários de terras) e sua família.
· Senzala: locais que abrigavam os escravos. Apresentam
condições muito precárias, donde os escravos dormiam no chão de terra batida.
Durante a noite, eles eram acorrentados para evitar a fuga.
· Capela: erigida para representar a religiosidade dos
habitantes do engenho, sobretudo, dos portugueses. Local onde ocorriam as
missas e as principais manifestações católicas (batismo, casamento, etc.). Vale
lembrar que os escravos muitas vezes, eram obrigados a participarem dos cultos.
· Casas
de Trabalhadores Livres:
pequenas e simples habitações onde viviam outros trabalhadores do engenho que
não eram escravos, geralmente os fazendeiros que não possuíam recursos.
· Curral: local que abrigava os animais usados nos engenhos,
seja para o transporte (produtos e pessoas), nas moedas de tração animal ou
para alimentação da população.
·
Carros de boi: transporte
de cana, lenha e outros gêneros.
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