ENGENHOS
ENGENHOS
PARTE 4
Portugal
O primeiro engenho de açúcar registrado em território português pertenceu a Diogo Vaz de Teive, escudeiro do Infante D. Henrique, com contrato de construção datado de 5 de dezembro de 1452. Localizava-se na Ilha da Madeira, no então lugar da Ribeira Brava, Capitania do Funchal. A força motriz deste engenho era a água da ribeira.
Os primeiros engenhos da ilha eram todos movidos a água
ou pela força de bois, sendo os cilindros construídos algumas
vezes com madeira de til, nessa época muito
frequente. Além dos engenhos, existiam também as alçapremas
ou prensas manuais.
Não consta da documentação, qual o processo
de que se serviram os proprietários de engenhos e alçapremas para fabricar o
açúcar, mas supõe-se que esse processo consistisse em fazer cozer as garapas em caldeiras até obter a consistência de um xarope espesso, sendo neste ponto transferidas
para vasos furados no fundo, onde se depositariam os cristais, saindo o liquido
pelos orifícios. Supõe-se também que, na purificação dos açúcares, fossem
empregados a água de cal e o carvão animal,
produtos que a indústria moderna de produção açucareira igualmente utiliza.
A indústria da refinação dos açúcares
floresceu na Madeira no século XV, passando dali
para Lisboa e as colónias do Reino. Acerca disto,
comentou o doutor Álvaro Rodrigues de Azevedo, nas Saudades da Terra, que, na metrópole,
"criou tantas fortunas particulares, com detrimento das colônias e da
indústria sacarina mesma".
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