PERALES BUSSON





   PERALES BUSSON

            Bem lembrado é, também, o Busson, Perales Busson, espanhol de nascimento, artista circense, artista plástico (desenhista, ilustrador e escultor) e pintor por vocação. Chegou a Penalva como palhaço de um circo e na estreia aconteceu um episódio curioso: três jovens da sociedade local, Mariano   Travassos(filho do prefeito da época Estevam Travassos), Ivan Balby e Raimundo Neves jogaram pedras durante a exibição do trapezista. Ao saber do comportamento dos jovens, o prefeito Estevam Travassos mandou prender os três. No dia seguinte o palhaço Busson saiu com sua trupe para anunciar as atrações da noite. Ao passar em frente à Delegacia, resolveu dá uma paradinha e fazer comentários irônicos, em altos brados, sobre os prisioneiros. O prefeito ao tomar conhecimento mandou soltar os três e Busson foi ver o sol nascer quadrado. Posteriormente o circo foi embora e Busson ficou morando em Penalva.

Criativo e provocador, Busson usava todo tipo de material para compor a sua arte; desde tinta, polpa de jenipapo, urucu e até anilina. Era, também, desenhista, prosador e hilário, gostava de produzir risos, fazendo valer a sua boa fama de palhaço.

E mais, com talento para a pintura era um artista com pincel na mão. Pintava quadros e residências, foi ele o idealizador do primeiro brasão da bandeira penalvense. Na mocidade gostava de passear pelos campos. Em 1.958, na euforia da copa do mundo em que o Brasil foi campeão pela primeira vez, na Suécia, já doente, foi salvo das chamas em sua casa pelos braços do candidato a prefeito Wilson Marques. Este acontecimento chamou atenção de centenas de pessoas, aglomeradas no velho cemitério, que ficava próximo à sua casa. Meus olhos de menino presenciaram esta cena. Busson morrera mais tarde de lepra, agravada por uma intoxicação causada pelo cheiro da tinta.

 

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