A PESTE NEGRA EM PENALVA





Foi a mais mortal das epidemias. Entre 1347 e 1351, a peste negra dizimou metade da população europeia. Em Fevereiro do ano de 1921 a Fazenda Sansapé, no município de Penalva, foi assolada por um surto de Peste Bubônica, apelidada de Peste Negra, não escolhia vítimas, atacava pobres e ricos. Foi uma doença que chegou ao Brasil, vindo da Europa em porões de navios através de ratos infectados. Estes ratos contaminados com a bactéria Yersinia Pestis, (anteriormente chamada de Pasteurella Pestis) e as pulgas destes roedores transmitiam a bactéria aos homens através da picada. Os ratos também morriam da doença e, quando isto acontecia, as pulgas passavam rapidamente para os humanos para obterem seu alimento, o sangue.
Na ocasião foi construído um cemitério só para enterrar as vítimas da doença, bem como animais que também morriam, este cemitério funcionou somente durante a epidemia. Para impedir que a doença avançasse pelo município e redondezas, o governo do Estado fez chegar até a Fazenda Sansapé, o médico infectologista, Dr. Djalma Marques, que ainda contou com a valiosa ajuda da igreja católica. No combate a este levante epidêmico foi utilizado cinza e carvão para cobrirem os restos mortais, encontrados em abundância na usina, além de incentivarem a criação de gatos para combaterem a presença de ratos. Por este ato de coragem e bravura, o Dr. Djalma Marques recebeu atestado de bons serviços prestados e outras honrarias do Governo Federal, por irromper esta catástrofe epidêmica, na fazenda.
Bocaccio, no Decameron, assim descreveu o quadro clínico da doença: “De início, ela se manifesta pela emergência de certo tumores nas axilas ou virilhas, alguns dos quais crescem até atingirem o tamanho de uma maçã, outros de um ovo”.
As pesquisas de hoje, acordadas pelo efeito devastador do Coronavírus, estudam a sequência do DNA disponível e suas relações evolutivas atuais com as epidemias do futuro. O alerta que fica é que ninguém está imune a esta doença, deve ser uma preocupação de todos, ela não escolhe sua vítima, ricos e pobres estão sujeitos ao contágio. Enquanto a pandemia estiver crescendo o que deve ser evitado são os riscos de contágio, como aglomeração de pessoas, principalmente de idosos e portadores de doenças crônicas. Nossa Penalva precisa ter uma retaguarda preparada, para evitar uma virose. Essa tarefa, inicial, é do Governo, com informação, diagnóstico precoce, isolamento dos casos suspeitos, cuidados com higiene, lavar bem as mãos e uso de máscaras. Este vírus não vai respeitar fronteiras.  É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR!!!
Fonte de pesquisa:
1 – Dr. Dráuzio Varella
2 -  Sansapé Terra Mãe

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