CAMPEANDO NA FAZENDA
Campeando na fazenda
É manhã, o sol da fazenda chega
mais cedo. Nos vitrais a claridade desperta à hora, tenho que sair. Já vejo
pardais em revoadas e bem-te-vis cantarolando. Sobre a mesa o toque do celular chama
atenção, alongo o corpo é hora de levantar.
Bem disposto, abuso da água
fresca. O café da manhã me espera, acompanhado de leite e frutas da estação.
Lá fora, preso ao portíbulo da
fazenda está Sadan, meu marchador manga larga. Sobre a cabeça ponho um chapéu
de couro amassado marrom, companheiro inseparável contra chuva ou sol. Lá vou
eu, Sadan, no bridão, bem encilhado, cavalga com poucos comandos e é bom no
arranque. Comigo, também, a companhia de um vaqueiro, que prevenido para as
circunstâncias do meio, toma a frente cavalgando no fogoso castanho, manga
larga paulista, com nome de Ás de Ouro.
Entre bois e vacas um bezerro
ferido chama atenção. Ei booi! Ei vaaaca!... Um aboio reboa a manada no pasto;
bezerro laçado e peado é feito a cura do mau, logo estará bom. Seguimos em
frente fazendo uma vistoria por onde passamos sempre atento às necessidades dos
animais. Uma delas é água farta nos bebedouros naturais, outra é sal nos
cochos, isso é muito importante para o rebanho. A vista do vaqueiro me chama atenção
para uma estaca caída, com arame solto, fazemos um remendo até que o pessoal da
manutenção faça a sua substituição. A esta altura os cavalos já estão suados,
procuramos uma sombra para nos refrescar e descansá-los. Aproveito para tomar
um gole d’água levada no cantil e, em talhadas, saborear mangas gostosas caídas
ali mesmo. Logo aparece um morador da vizinhança para prosear, faço de muito
bom gosto, somos todos amigos. Pergunto pela comadre, pelos filhos e a prosa
começa a se animar. No momento em que aparece um cachorro latindo despertando a
atenção da comadre que já nos convida para almoçar. Fico grato, mas não aceito,
porque sei que chegando de surpresa não é bom. Fica pra outra vez e assim
continuamos campeando já de volta pra fazenda. Voltando, pegamos outra trilha,
pelo lado de fora, desta vez margeando a cerca em toda a sua extensão. Passamos
por juçaras, ao fundo uma nascente com pés de buritis, bambuzal, palmeiras de
babaçu caídas e em seguida um riacho, onde os cavalos aproveitam para beber água.
Em frente avistamos uma ordem de arame partida, logo apeio, abro o alforje e
retiro o alicate para consertá-la. Mais adiante vejo uma carvoeira, muito rente
a cerca, como os donos estão próximos peço para afastá-la, diminuindo o risco
de o fogo passar para o pasto e, em galopes, encerramos a cavalgada chegando à
fazenda. Daí em diante é só tomar um banho e saborear um almoço de bode,
preparado no vinho de côco. É bom todo!...
"O que engorda o gado é o olho do dono".. Continue atento praticando esse labor prazeroso, porque citando o grande Amador Aguiar, Só o trabalho produz Riqueza. " Entendendo-se "Riqueza" para além da prosperidade financeira.
ResponderExcluirEu e os demais membros de nossa FAMÍLIA, agradecemos, meu cônjuge desde 1973. PARABÉNS!
"O que engorda o gado é o olho do dono".. Continue atento praticando esse labor prazeroso, porque citando o grande Amador Aguiar, Só o trabalho produz Riqueza. " Entendendo-se "Riqueza" para além da prosperidade financeira.
ResponderExcluirEu e os demais membros de nossa FAMÍLIA, agradecemos, meu cônjuge desde 1973. PARABÉNS!