BATENDO UM BOLÃO

 



 BATENDO UM BOLÃO


A grande maioria das crianças já bateu uma bolinha em frente à própria casa. Seja no interior ou em bairros mais tradicionais, crianças usam chinelos, pedras ou tijolos para delimitar o gol e aproveitam os momentos de folga para interagir com os vizinhos.

Sempre gostei de futebol, desde a copa de 1958, quando o Brasil foi campeão do mundo. Pelé foi o jogador que mais me chamou atenção, naquele momento, mas também as tabelinhas que fazia com Coutinho, jogando pelo Santos. Elas eram tão perfeitas e precisas que ambos pareciam se comunicar por telepatia. Sou do tempo dos dribles desconcertantes do Garrincha que provocavam delírio de plateia e ira dos seus marcadores. Era sensacional ver os passes longos e milimétricos do Gérson. Parecia que ele possuía uma trena nos pés pela precisão das jogadas. O que dizer de Tostão e Dirceu Lopes? Inteligência, velocidade, arremate certeiro e um fôlego que parecia não ter fim. Eu me encantei vendo Didi, Rivelino, Reinaldo, Zico, Romário, Ronaldinho gaúcho, Ronaldo fenômeno até chegar ao futebol debochado e travesso do Neymar. Pessoalmente eu vi o melhor de todos jogando no Estádio Municipal Nhozinho Santos, em São Luís, o rei Pelé. Mas também vi o Cristiano Ronaldo, no Castelão, defendendo sua Pátria, Portugal. 

Na foto acima estou como centroavante, ocupando a posição central, deslocando-me no campo de ataque, até o gol. Era um atacante finalizador. Coisas da juventude, tinha vaga garantida na equipe, afinal era o dono da bola, da equipagem e do time. A galera vibrava ao me ver batendo um bolão. Saudades desse grupo!!!...


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